FADOS DE CÁ E DE LÁ EM VILANOVA DE CERVEIRA O 24 DE XULHO

Símbolo da identidade portuguesa, o fado é um dos nossos registos musicais que ultrapassou as fronteiras do espaço e do tempo. A Noite de Fados em Vila Nova de Cerveira apresenta, uma vez mais, as mais recentes vozes deste belo canto, contando com a presença nacional de Carminho e da espanhola Maria Berasarte, as quais apresentarão os “Fados de Cá e de Lá”.

Com 25 anos, Carminho é uma das vozes do fado mais promissora da actualidade, tendo lançado no presente ano o álbum de estreia “Fado”. Filha da fadista Teresa Siqueira, afirma que o fado esteve sempre consigo. Com doze anos, estreou-se a cantar em público no Coliseu de Lisboa, tendo dado inicio à sua carreira na Casa de Fado “Taverna do Embuçado”. Considera que os seus grandes mestres foram a mãe, Fernanda Maria, Alcindo Carvalho, Paquito, Fontes Rocha, os quais lhes transmitiram a verdadeira essência do fado.

Para trás, ficou a sua participação, entre outros, no disco «Fado - Ontem, Hoje e Sempre», no filme «Fados», de Carlos Saura, e concertos na Argentina, Suiça e Malta, tendo recebido o Prémio «Revelação Feminina» da Fundação Amália Rodrigues. Mais recentemente, cantou na Festa do Fado na Casa da Música no espectáculo comemorativo dos 45 anos de carreira do Carlos do Carmo, representou Portugal na Expo de Saragoça e na recriação de “Amália à L’ Olympia”.

Maria Berasarte nasceu em San Sebastián, no País Basco. Ao longo da sua carreira, trabalhou com grandes nomes da música espanhola como Niño Josele, Javier Ruibal, Iñaki Salvador, entre outros. Da sua biografia fazem parte a participação em diversos festivais, entre os quais, o Rock em Rio (Lisboa), Festival de Músicas de Corfú (Grécia), Festival Costa de Músicas (Lanzarote), e a Bienal de Flamenco de Sevilha.

O seu primeiro álbum “Todas las horas son Viejas”, foi considerado, segundo a crítica portuguesa, o “melhor álbum de fado gravado por uma voz estrangeira” (In revista Time Out, Lisboa). Sobre Maria Berasarte, Alexandra Carita, in Jornal Expresso, escreveu: “a cantora tem a escola clássica, a experiência no flamenco e a paixão pelo fado. Com 30 anos, apresenta-se a solo, numa homenagem à canção de Lisboa. É o fruto da sua energia espanhola e do seu sangue galego”.