O devandito informe foi presentado hoxe e asinado polos alcaldes, en rolda de prensa, no colexio público de Goián, co fin de sensibilizar ás Administracións pertinentes e a cidadanía, sobre a problemática, "para a busca de solucións á obrigada, e por veces economicamente gravosa, necesidade de cumprimentación de autorizacións específicas por parte dos proxenitores para a saída ao estranxeiro de menores, con vistas a reducir as limitacións que este requisito provoca nas relacións infanto-xuvenís en contextos de relación transfronteiriza".

Ás 10.30h tivo lugar unha reunión entre as valedoras transfronteirizas de Tomiño e Cerveira, Zara Pousa Arbones e María de Lurdes Guerreiro Pereira Cunha, respectivamente, e os alcaldes de ambos os dous municipios, Sandra González e Fernando Brito Nogueira. Unha hora despois, os catro atenderon aos medios de comunicación portugueses e galegos convocados, co propósito de incidir na problemática antes descrita. Segundo explicaron as valedoras transfronteirizas, na actualidade, a organización de desprazamentos de grupos de menores de idade sen presenza paterna require unha autorización específica perante as autoridades. No caso do Estado Español, mediante un formulario asinado por ambos os dous proxenitores ante a Garda Civil e, no caso portugués, mediante autorización con sinatura validada de pai, nai ou titor ante notario, cos correspondentes custos económicos.

Estes requisitos, comprensibles xenericamente no marco de relacións entre estados soberanos que pretenden unha axeitada protección dos dereitos da infancia, convértense nun incomprensible atranco burocrático para a fluidez das relacións entre poboacións escolares que comparten territorio, intereses e trazos culturais no marco dunha entidade supraestatal coma a Unión Europea e, máis especificamente, en realidades socioloxicamente afíns como a de Galicia-Norte de Portugal ou a da Eurocidade Cerveira-Tomiño.

Así o exteriorizaron tanto os alcaldes coma as valedoras transfronteirizas. Sandra González e o seu homólogo Fernando Nogueira, prometeron "facer os deberes" tras a presentación do informe, no sentido de tentar mediar ante as administracións española e portuguesa, co fin de conseguir unha simplificación dos trámites a seguir en caso de desprazamentos escolares, deportivos, etc. de menores entre ambas as vilas.

Zara Pousa, confirmou que se trata dunha iniciativa pioneira no seu tipo, "probablemente, a primeira en España e Europa".

Antecedentes:
No mes de maio de 2018, en colaboración co equipo técnico do proxecto Axenda de Cooperación transfronteiriza Cerveira-Tomiño, decidiuse organizar encontros coas direccións dos centros educativos de ambos os dous municipios. Tanto na reunión mantida co director do Agrupamento escolar de Vila Nova de Cerveira (20 de xuño) como na celebrada coa directora do Instituto Antón Alonso Ríos de Tomiño (4 de xullo), constatouse coma un dos obstáculos máis destacados para unha fluída relación transfronteiriza, o da regulamentación dos permisos a menores para a realización de intercambios escolares entre os dous estados.

Sen prexuízo doutros atrancos para a aproximación das poboacións e para a supresión das dificultades físicas e psicolóxicas que implican as fronteiras, decidiuse priorizar a intervención sobre a mobilidade infanto-xuvenil pola compoñente estratéxica das relacións transfronteirizas en idade escolar.

Entre os principais destinatarios do informe das valedoras figuran os seguintes órganos:
- Eurocidade Cerveira Tomiño. Cámara de Vila Nova de Cerveira e Concello de Tomiño
- Provedor de Justiça de Portugal
- Valedora do Pobo de Galicia
- AECT Río Minho
- AECT Galiza Norte de Portugal.
- Ministerio de Asuntos Exteriores e Cooperación do Reino de España
- Ministerio dos Negócios Estrangeiros da República portuguesa- SOLVIT Solutions to problems with your EU rights

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PT

Os autarcas de Vila Nova de Cerveira e de Tomiño assumiram publicamente, esta quinta-feira, uma recomendação elaborada pelas provedoras transfronteiriças da Eurocidade, com vista à eliminação das barreiras à mobilidade transfronteiriça infantojuvenil, sempre com enquadramento legal integrado nos projetos educativos dos estabelecimentos de ensino. A Eurocidade Cerveira-Tomiño oferece-se para experiência-piloto nesta área, que flexibilizaria o intercâmbio entre cerca de 2500 estudantes. Documento será remetido a cerca de 15 entidades e instituições nacionais e europeias.

Em 2018, as provedoras transfronteiriças, Maria de Lurdes Cunha e Zara Pousa, encetaram contactos com as direções dos estabelecimentos educativos de ambos os concelhos, tendo constatado que a regulamentação para a realização de intercâmbios escolares de menores de idade entre os dois estados, é um dos maiores obstáculos a uma fluída relação transfronteiriça.

Atualmente, este intercâmbio transfronteiriço de grupos infantojuvenis, sem a presença dos pais, requer a apresentação de autorizações específicas perante as autoridades. No caso do Estado Es-panhol é exigido um formulário assinado por ambos os progenitores perante a Guarda Civil, mas no caso Português o processo é burocraticamente mais complexo, sendo necessária uma autori-zação de ambos os pais, com assinatura reconhecida por um notário, com custos económicos as-sociados, além de um seguro específico também com valores desadequados.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, no Colégio Pintor Antonio Fernández, em Go-ián, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira sublinhou "a necessidade de um regime de exceção para a mobilidade entre a população escolar nestas zonas de fronteira, devi-damente legislado e enquadrado nos projetos educativos e programações anuais das escolas, pois a prioridade será sempre a segurança das crianças". Fernando Nogueira afirmou que "a Eurocida-de Cerveira-Tomiño tem disponibilidade para assumir esta experiência-piloto, mediante avaliação de instâncias superiores, e até ser replicada noutras regiões de fronteira com a mesma realidade de proximidade". Como exemplo, o edil cerveirense adiantou que "se uma turma de Vila Nova de Cerveira quiser visitar um espaço cultural ou educativo a Tomiño, os custos de autorizações po-dem ultrapassar os 600 euros". "Pode-se fazer uma vez, mas é insustentável fazê-lo com a regula-ridade que esta proximidade nos oferece", disse.

A alcaldesa de Tomiño referiu ser "uma pena que duas comunidades educativas tão próximas, não possam partilhar experiências e culturas. Apesar de muito parecidos, temos algumas diferenças educativas que devem ser consideradas como uma riqueza, e poder usufruir de um intercâmbio com outro país, sem grandes deslocações, não é para todos". Sandra González referiu mesmo que, "sendo um problema transversal a outras Eurocidades, não está descartado o agendamento de uma reunião entre eurocidades para impulsionar a necessidade de um mecanismo de exceção". "As exigências burocráticas para deslocações entre Cerveira e Tomiño são exatamente as mesmas que ir a Roma", rematou.

Face a esta realidade, as provedoras da cidadania transfronteiriça apresentaram um documento que, além de contextualizar toda esta problemática, sugerem três recomendações a ser remetidas a cerca de 15 entidades nacionais e europeias, nomeadamente estudar medidas excecionais que adaptem os requisitos de autorização sobre mobilidade transfronteiriça de menores às novas rea-lidades sociais e administrativas de nível local no contexto da União Europeia; valorizar a "flexibilidade da linha da fronteira", considerando as eurocidades "zonas francas administrativas" em determinadas situações de interesse social para os seus habitantes; e promover, em qualquer caso, experiências-piloto que permitam avaliar o avanço do exercício efetivo dos direitos sociais e a construção de identidades partilhadas europeias, especialmente entre a infância e a adolescência.

Esta é uma primeira abordagem encetada pelas provedoras transfronteiriças, sendo que neste contexto da Eurocidade Cerveira-Tomiño estão a ser exploradas outras áreas de partilha e que suscitam problemas relacionados com o objetivo da ‘desfronteirização'.A Eurocidade Cerveira-Tomiño reinicia, em fevereiro as atividades do programa "Desporto para Todos", um programa de atividades desportivas gratuitas desenvolvidas em equipamentos dos dois concellos. Trata-se da ‘Piscina em Família', atividades para pessoas com mais de 55 anos e a prática de diversas modali-dades desportivas nas IPSS's de Cerveira e das paróquias de Tomiño.